A febre do Natal está a chegar. Ela já anda por aí.
Como tem sido hábito, fui na minha hora de almoço aos Armázens do Chiado e já vi a Fnac e o resto dos armazéns a abarrotar de gente, e muitos sacos já nas mãos das pessoas.
Na verdade, não quero falar da febre de Natal, que para mim só começa oficialmente dia 23 de Dezembro e acaba dia 25. Sim, é um exagerozinho.
É absolutamente verdade que o consumismo consome ( passo a redundância) a alma às pessoas e ficamos todos cegos quando chega a hora de comprar, comprar. Roupa, jogos, cremes, livros, cd´s, acessórios, o que seja. Adoramos chegar a casa com 5 sacos em cada mão e pensar " que bela tarde de compras!". Enquanto compramos, enquanto gastamos, somos felizes, porque aqueles objectos materiais estão temporariamente a substituir algo.
O que me aconteceu esta semana( e não sou a gaja mais consumista deste mundo) é que andava a olhar para as montras das lojas, andei a rondar a Fnac com a vontade de comprar, comprar uma pequena coisa que fosse. Nada me seduziu. Não sabia exactamente o que comprar. Só sabia que queria voltar para o trabalho com um saco na mão e feliz por ter comprado uma coisa nova. Foi exactamente nesse momento que percebi que eu estava a tentar compensar com as compras algo que não é possível de comprar com o dinheiro. Não há nada que possa substituir o que sentimos cá dentro. E é uma tarefa pouco produtiva tentarmos enganar-nos a nós próprios com uma compra consumista.
1 comentário:
É por isso que há uns bons anos lá em casa perdemos o espírito consumita e celebramos o Natal pelo simples facto de ainda estarem todos os lugares à mesa. Além disso, compras para mim são nos saldos (logo a seguir ao Natal).
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