Sem razão aparente, ou que me lembre, não gostei do filme Tropa de Elite. Achei uma palhaçada, achei fraco, achei aborrecido.
Tropa de Elite, um dos filmes mais pirateados de sempre no nosso país, e um dos maiores fenómenos no país irmão ( Brasil, entenda-se) chegou com a sua sequela há umas boas semanas.
Foram várias as pessoas que me recomendaram o filme. E ontem decidi quebrar o meu preconceito e fui ao cinema confirmar.
Confirmar que a melhor matéria prima dos filmes brasileiros é a sua realidade - aquela realidade dura e violenta da criminalidade, sobretudo das favelas, realidade essa que saltou à vista desde Cidade de Deus.
Os brasileiros mostram no filme que não é preciso ir a Hollywood para ir buscar bons realizadores, bons argumentos, e sobretudo bons actores. Em tudo o que fazem, os actores brasileiros são naturais ( há, felizmente vida para além das telenovelas). Tudo aquilo parece realmente real.
O argumento é inteligente, sobretudo para uma sequela : depois de ir explorar o tema na relação do BOPE com os traficantes de rua, a acção vira-se agora para a corrupção ao mais alto nível misturando interesses obscuros com interesses políticos, que normalmente estão sempre em acordo.
Ritmo frenético, música alucinante, uma cena inicial que surpreende quando é repetida a meio do filme. Gosto destes filmes onde a cada segundo alguma coisa acontece.
E depois há o Wagner Moura. Mas esse vai já direitinho para o post a seguir.
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