Naquele dia em que acordou os olhos estavam inchados de tanto choro. O sono tinha substituído por lágrimas gordas, grandes, a sair em catadupa, tantas horas seguidas.
Não teve vontade de se levantar, não teve vontade de se vestir, não teve vontade de ir curtir o sol que previa da abertura da persiana, e muito menos ir trabalhar. O corpo pedia-lhe descanso, pedia-lhe escuridão, pedia-lhe solidão. Muita solidão.
A mente pedia-lhe calma, pedia-lhe ponderação, silêncio e distância da entropia de informação que recebia todos os dias. Era cansativo a quantidade de informação,de planos, de stress a que todos os dias assistia. Todos os dias, repetidamente. Sem que pudesse parar e pensar no que queria ou como podia lá chegar.
O Medo entrava ali completamente desvairado, a derrubar tudo. O Medo. Esse bicho-papão, que só acontece aos outros. O Medo continuava a corromper-lhe a visão, a prender-lhe os movimentos, a fechar-lhe o sorriso, a tapar-lhe portas.
Não sabia até quando o Medo ia ficar ali, e não tinha planos nem soluções de como afastá-lo. Provavelmente ia instalar-se definitivamente, e o Medo nunca iria permitir que crescesse, sentindo-se constantemente aquela criança que se escondia atrás da saia da mãe. E parece que o sentia ali pesado, algures entre o coração e o estômago. Ou talvez fosse aquela sensação de peso nas costas.
Vestiu a roupa do dia anterior, e saiu de casa. Não sabia onde ia parar, mas queria levar o Medo para fora de casa. Talvez quando voltasse, ele já lá não estivesse.
Não teve vontade de se levantar, não teve vontade de se vestir, não teve vontade de ir curtir o sol que previa da abertura da persiana, e muito menos ir trabalhar. O corpo pedia-lhe descanso, pedia-lhe escuridão, pedia-lhe solidão. Muita solidão.
A mente pedia-lhe calma, pedia-lhe ponderação, silêncio e distância da entropia de informação que recebia todos os dias. Era cansativo a quantidade de informação,de planos, de stress a que todos os dias assistia. Todos os dias, repetidamente. Sem que pudesse parar e pensar no que queria ou como podia lá chegar.
O Medo entrava ali completamente desvairado, a derrubar tudo. O Medo. Esse bicho-papão, que só acontece aos outros. O Medo continuava a corromper-lhe a visão, a prender-lhe os movimentos, a fechar-lhe o sorriso, a tapar-lhe portas.
Não sabia até quando o Medo ia ficar ali, e não tinha planos nem soluções de como afastá-lo. Provavelmente ia instalar-se definitivamente, e o Medo nunca iria permitir que crescesse, sentindo-se constantemente aquela criança que se escondia atrás da saia da mãe. E parece que o sentia ali pesado, algures entre o coração e o estômago. Ou talvez fosse aquela sensação de peso nas costas.
Vestiu a roupa do dia anterior, e saiu de casa. Não sabia onde ia parar, mas queria levar o Medo para fora de casa. Talvez quando voltasse, ele já lá não estivesse.
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