E de repente parece que toda a gente se lembrou disto. Como se fosse um fenómeno de agora.
A geração que de rasca passou à rasca e à rasquinha. A geração dos 500 euros, dos infinitos estágios, dos estágios mal-pagos, dos estágios não pagos, dos falsos recibos verdes.
As mentiras "ah estamos em crise" não funcionam. A crise está muito instalada, mas há trabalho para ser feito. Por isso, vamos contratar estagiários. A maior parte dos estagiários são trabalhadores iguais aos outros, mas sem um vínculo efectivo à empresa onde trabalham.
O falso papão da crise come as expectativas dos que são o futuro deste país. A merda dos velhos de restelo é que acham que os séniores e os chefes serão sempre o futuro.
Certamente que a economia não avançará enquanto não forem criados mais postos de trabalho - e eles são seguramente precisos.
De repente, a arte faz-nos relembrar o poder maior que tem e parece que bastou apenas a música "Parva que eu sou", dos Deolinda para "lançar fogo" a isto e por a questão nos jornais. (curioso, os meios de comunicação são os primeiros a terem dezenas de estagiários a sustentarem o seu funcionamento).
Será que há espaço para as pessoas fazerem mais do que apenas falar e reclamar ? O efeito dominó das revoltas lá para os lados do Médio Oriente é suficiente? Vive-se mesmo um ambiente parecido ao pré-Abril, como eu já ouvi?
A geração que de rasca passou à rasca e à rasquinha. A geração dos 500 euros, dos infinitos estágios, dos estágios mal-pagos, dos estágios não pagos, dos falsos recibos verdes.
As mentiras "ah estamos em crise" não funcionam. A crise está muito instalada, mas há trabalho para ser feito. Por isso, vamos contratar estagiários. A maior parte dos estagiários são trabalhadores iguais aos outros, mas sem um vínculo efectivo à empresa onde trabalham.
O falso papão da crise come as expectativas dos que são o futuro deste país. A merda dos velhos de restelo é que acham que os séniores e os chefes serão sempre o futuro.
Certamente que a economia não avançará enquanto não forem criados mais postos de trabalho - e eles são seguramente precisos.
De repente, a arte faz-nos relembrar o poder maior que tem e parece que bastou apenas a música "Parva que eu sou", dos Deolinda para "lançar fogo" a isto e por a questão nos jornais. (curioso, os meios de comunicação são os primeiros a terem dezenas de estagiários a sustentarem o seu funcionamento).
Será que há espaço para as pessoas fazerem mais do que apenas falar e reclamar ? O efeito dominó das revoltas lá para os lados do Médio Oriente é suficiente? Vive-se mesmo um ambiente parecido ao pré-Abril, como eu já ouvi?
Quando serão eles, do alto dos seus cargos a sentirem-se à rasca?
Eu já não sofro dos falsos estágios (sofri-o durante um ano e meio e sei muito bem do que falo) mas não sei o meu futuro, vejo gente próxima de mim que o sofre e não há como não me sentir solidária com a situação. Este post é um minúsculo contributo para fazer lembrar que andamos à rasca, mas que não é isso que nos entope o cérebro e a lucidez.
Eu já não sofro dos falsos estágios (sofri-o durante um ano e meio e sei muito bem do que falo) mas não sei o meu futuro, vejo gente próxima de mim que o sofre e não há como não me sentir solidária com a situação. Este post é um minúsculo contributo para fazer lembrar que andamos à rasca, mas que não é isso que nos entope o cérebro e a lucidez.
2 comentários:
esta frase final diz tudo. somos todos conotados com esta geração (à) rasca, que efectivamente existe mas não pode ser generalizada. há efectivamente muita gente que anda a queixar-se de que é explorada e todos vemos concertos a abarrotar e gente de carrinho novo e a viajar pelos 5 continentes, gente que não sabe do que fala e que não entende o que se reivindica. mas a verdade é que existe gente MESMO a ser explorada e que passa mesmo por aquilo a que ninguém deveria ser sujeito. gente que faz bem o seu trabalho, mas não é reconhecida. gente a quem dizem que tiraram um canudo inútil e que só querem o dê érre antes do nome. há muita estupidez. sim, são precisos mais postos de trabalho, mas também é preciso nivelar esses postos pelas competências e sim, também pela formação, e não pelos nomes de família ou amizades. e já agora, que se definam prioridades a sério em vez de andarmos a brincar com o país.
Artistas como os Deolinda têm um papel preponderante na sociedade portuguesa, a identificar os problemas. Cabe a quem de direito discuti-los e tentar resolve-los. Precisamos de mais artistas assim. Força!
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