Poucas vezes me arrisco a ir ao cinema sozinha, e ir ao teatro sem companhia não me agrada particularmente. Mas desta vez, ou deixava de lado essas esquisitices ou arriscava-me a não ver essa peça que está em cena desde 1996 - 10bonitos anos.
Dirigi-me à Companhia Teatral do Chiado, com o último bilhete disponível.
Sento-me na primeira fila, as luzes começam a apagar-se e eu olho para o meu lado. A cadeira estava vazia. E vi logo que aquilo que não ia correr bem.... muito à pressa - um senhor vestido de preto sentou-se ao meu lado. Mais tarde viemos todos a saber era o senhor Simão Rubim- um dos actores da peça . ( até tivemos a oportunidade de nos tornarmos amigos...)
Vale pela diversão, pelo improviso, pela qualidade da escrita e da interpretação, e pela interacção com o público. E porque ir ao teatro vale só por si.
Desconfio que esta não terá sido as penúltimas representações ( embora tenha preferido jogar pelo seguro.). Como é que vão ser capazes de abandonar um projecto assim?
ps. última nota : a companhia teatral do chiado só sobrevive com os dinheiros da Câmara Municipal de Lisboa. Têm eles sorte que não estão no Porto e que o presidente não se chama Rui Rio!
1 comentário:
Para quem não saiba muito bem... a Companhia Teatral do Chiado não vive de dinheiros públicos... nem do IA, nem da CML... Mas sim do púbico... Ao que m consta, da CML têm o espaço... e pouco mais... O melhor subsídio que o Teatro pode ter é o Público!!! Não é Sr. Simão Rubim?
Já vi vários espectáculos da Companhia e nunca vi a sala a não ser cheia!!!
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