quinta-feira, abril 29, 2010

saudades

Em tempos de saudosismos, que nos lembramos das pessoas que gostamos :
Se as saudades fossem crime... estaria presa há muito, muito tempo.

seguidores

A ferramenta "seguidores" que o blogger disponibiliza é catita. Uau, podemos ter um grupo de seguidores!

Ao início, eram os meus amigos e amigas que se disponibilizavam (voluntariamente, óbvio) a preencherem-se como seguidores. Hoje, olho e vejo 34 seguidores. Desconheço se me seguem realmente ou não, como o nome indica. No entanto, não deixa de me intrigar o facto de não conhecer a grande parte deles. Não sei quem são, não sei como chegaram até aqui.
Mas são sempre bem-vindos.


Para quando 100 seguidores?

segunda-feira, abril 26, 2010

pianista da tanga

Tenho uma relação de adoração-medo com o piano.
Cada vez que chego à aula de piano e ao pé do meu professor Jacinto, começa a dar-me um pequeno nervoso miudinho. Os dedos tendem sempre a falhar nos primeiros minutos. Principalmente, agora que começo a ganhar respeito ao Jacinto. Vejo que ele se empenha realmente nas minhas aulas, e que quer ajudar-me a evoluir. E que me obriga a um estudo rigoroso, cheio de método e disciplina. É um professor como eu já não me lembrava de ter faz anos. Tivesse eu mais horas para ir às aulas e para estudar.
Quando ele me fala que tenho que aprender bem o ritmo, que o ritmo é como a matemática. Dá-me um arrepio na espinha. Matemática, eu? Ui. Mas que seja.

Eu não tenho medo do rigor em qualquer esfera da minha vida, mas admito que me faz falta método e disciplina. Muitas das vezes consigo chegar onde quero, mas isso não significa que tenha utilizado o método mais certeiro ou tenha sido disciplinada.
O estudo do piano está a dar-me método e disciplina na minha vida, a pouco e pouco. E isso fazia-me muita falta.
É como voltar atrás... aprender de novo as regras. Quando as tiver rigorosas na minha cabeça posso deixar-me levar pelas emoções (e pelos dedos). É o não fazer as coisas à toa.



Mas tenho que admitir. Sou uma pianista da tanga. No sábado, no recinto dos Dias da Música em Belém atirei-me a um dos pianos que lá estavam. De um lado a S. e do outro lado um aluno de 8 anos de conservatório. Sento-me no banco e começo a dedilhar o Yesterday. Começo a suar em bica, os dedinhos a falharem-me e pouco consegui fazer. Tanto treino que estes dedos precisam. Isso e a minha insegurança.

sair da rotina

Não gosto de rotinas.
Portanto, esta semana em vez de ir ao sítio do costume ao sábado à noite, vou à sexta.

domingo, abril 25, 2010

a inteligência como arma

Ontem conversava com o B. e com a M. sobre aquilo que nos atraía no sexo oposto.

A M. insistia que as mulheres se deixavam atrair por "aquele que nos faz rir". Eu e o B. reforçámos que aquele que nos desperta a atenção tem que ser inteligente, que no fundo, quem nos faz rir,é, naturalmente, inteligente. Todo o espírito com sentido de humor reflecte inteligência. Excluindo o sentido do humor do Fernando Rocha.
A M. também dizia " eu sinto-me atraída pelos loucos". Os loucos, não têm falta de inteligência. Têm excesso dela, e não sabem geri-la . Ou têm a inteligência organizada de uma forma diferente do resto daqueles a que chamamos "normais".

A inteligência é tudo.
Somos corpo e alma. Somos material e imaterial.
Quando deixamos este mundo, não é o corpo que fica. O que pode ficar é o imaterial do trabalho da nossa inteligência e da marca que decidimos deixar.

paixões da alma

"As mais vivas e subtis partes do sangue que o calor rarefaz no coração entram continuamente nas cavidades do cérebro. E vão para lá, e não para qualquer outra parte, porque todo o sangue que sai do coração pela grande artéria sobe para ele em linha recta, e não podendo entrar todo, por as passagens que o cérebro tem serem muito estreitas, só entram as partes mais agitadas e subtis. [..] partes espessas e mais agitadas de que ordinário;e estes espíritos, fortalecendo a impressão que no primeiro pensamento do objecto amado nele provocou, obrigam a alma a fixar-se sobre esse pensamento, consistindo nisto a paixão do amor".

Descartes, in Paixões da Alma

sexta-feira, abril 23, 2010

terça-feira, abril 20, 2010

uma carta

Prestes a deitar-me descubro esta carta que me foi deixada debaixo da almofada.
Diz assim :

Andas à minha espera faz algum tempo. Eu sei, eu tenho-te sentido a chamar por mim. Durante vários dias, durante várias noites, em muitos momentos da tua vida nos últimos meses. Serve esta presente carta para te dizer que não me esqueci de ti, e que muito menos ando longe da tua existência. Não, eu ando-te a rondar, nunca te deixei sozinha.
Já sei que a Paz de Espírito já chegou. Demorou, mas chegou. Digo-lhe sempre : primeiro deves ir tu. Em seguida, serei sempre eu.
A Tranquilidade também já está mais próxima, ainda que haja dias que sinta que a Instabilidade e a Incerteza te assole. Mas a Tranquilidade é muito teimosa e demora tempo a afeiçoar-se às pessoas. Tenho visto como te tens aproximado dela. É digno de se ver.
Fico sempre descansada, porque igualmente a Coragem nunca te deixou.
Para mim é muito básico : nunca posso ir ter com ninguém que tenha deixado a Coragem algures.
Tu nunca a abandonaste, e não vejo que seja agora que o faças.
Querida Kit-Kat, vejo nos teus olhos ( que não brilham como antes, eu sei), um brilhozinho quase imperceptivel que me diz que sabes que estou prestes a chegar. Quando te sentir realmente pronta. Não falta nada.

Ass:
felicidade

porque é minha obrigação dizer-vos o que é bom de se ouvir #2

Discovery, dos Daft Punk, no ano de 2001

segunda-feira, abril 19, 2010

Num dia igual aos outros. Ou nem por isso


Aí fomos nós, direitas à sala estúdio do D. Maria II.

Numa plateia recheada de grandes vultos da representação portuguesa, tivemos o prazer de assistir à ultima encenação do "Num dia igual aos outros".
Aquele cenário ajudava ao intimismo da sala de 70 lugares : uma cozinha velha, suja e descuidada com jornais, velharias deixadas ao (não) acaso. Um lavatório a ver-se lá ao fundo. Um tecto desfeito, que permitia ver as estrelas.
Dois irmãos, com caminhos diferentes, prestes a chegar ao mesmo fim, abandonados por um pai que os deixou num dia igual aos outros.
E num dia igual aos outros, a vida deles que quase parecia mudar, afinal continua a mesma.
Um texto simples, mas bonito e intenso. Com muitas asneiras e espuma de cerveja pelo meio.
O Nuno Lopes e o Gonçalo Waddington são absolutamente avassaladores. É por gente assim que eu gosto de teatro.

Valeu a pena.

comentário fútil, feminino e histérico : estes dois homens são duas grandessíssimas brasas.

a m*rda é simples

Normalmente isto é uma coisa simples. Normalmente a merda é simples.

ELA/E NÃO ESTÁ ASSIM TÃO INTERESSADA/O.

Nós é que tendemos a complicar.

música para a cabeça

Gosto cada vez mais de música electrónica, confidenciava eu à S. na semana passada.
Ela, que sempre foi mais do rock alternativo, disse-me "P*rra eu também!"
Não sei quando é que esta disposição total para a música eletrónica começou, mas é um dado adquirido. Talvez seja porque fazer boa música electrónica ( não estou a falar de trance puntz puntz) é realmente difícil.

sábado, abril 17, 2010

sábado à noite

É sábado.
Se fosse um sábado normal já estava a preparar-me para sair de casa e perder mais uma madrugada de sono.
Mas quero partilhar que estou com neura. E que não sei se irei sair de casa hoje.

astrologia

Hoje estive com quem entende de astrologia.
Para além de ouvir umas boas verdades sobre a minha pessoa, e por entre tanta coisa que ouvi, posso partilhar que:

Pode haver uma certa tendência da minha pessoa em deixar-me atrair por alguém que seja do signo:
Aquário - de 21 de Janeiro a 18 de Fevereiro
Virgem - de 23 de Agosto a 23 de Setembro

Da próxima vez que me cruzar com alguém, pergunto "De que signo és?"

maratona teatral

A partir de amanhã, vou entrar numa maratona teatral.
Sem querer, calhou tudo na mesma semana.

Amanhã - Num dia igual aos outros, Teatro Nacional D. Maria II
Quarta-feira - Uma família portuguesa, Teatro Aberto
Quinta-feira - A casa de Bernarda Alba ( e o Garcia Lorca volta a cruzar-se na nossa vida) no Palácio da Independência

É um disparate esta maratona, mas estou ansiosa para ver estas três peças.

Bom fim de semana.

o amor é simples

Isto é uma história simples. Até porque estes sentimentos tendem a ser simples.

Ontem, ao regressar a casa de madrugada depois de uma festa de aniversário entre amigos, eu e o meu amigo C. fizemos uso do tarifário de telemóvel que permite falar à borla. A conversa enquanto íamos cada um para sua casa, foi como de costume, um rol de disparates, alguns insultos baratos e poucas-vergonhas como é apanágio do C. mesmo quando está ao lado da namorada, a M.
Enquanto eu lhe repetia no meio de risos " C. só dizes porcaria, não sei como a M. te atura!" ele terminou a nossa conversa desta forma ( enquanto eu me derreti) :

" A M. vai a rir-se destas coisas que eu digo e eu amo-a por isso".

quinta-feira, abril 15, 2010

feeling

Não sei explicar. Mas há algo aqui dentro que me diz que tudo vai correr bem e dar certo. Que depois da tempestade vem a bonança.
Como um pirilampo no meio da escuridão.

eu gosto de

Eu gosto de coisas bem feitas. Meticulosamente bem feitas. Adoro planos, estratégias, avanços, recuos, planos B, planos C. Vitórias. Adoro inteligência.

terça-feira, abril 13, 2010

em maio vou...

Está praticamente decidido. Em Maio vou tirar um curso de Escrita Criativa!
Já fazia algum tempo que queria fazer este curso, e agora finalmente, vai acontecer.

Estou muito animada. Nos últimos meses voltei a ganhar um entusiasmo quase infantil pela escrita. Por isso, sinto-me como uma criança a quem vão oferecer um brinquedo novo ou vestido novo. Mal posso esperar.

segunda-feira, abril 12, 2010

palavra de ministra

" A exposição individual do artista num palco e a forma despojada como ele se apresenta é elevar ao máximo a sua fragilidade. Não há nada mais difícil do que isso".

Gabriela Canavilhas, Ministra da Cultura, in Única, 10.04.10

uma piadinha pela manhã

Qual é a semelhança entre as pilhas Duracel e o "fritanço" dos meus neurónios?
Resposta correcta : E dura, e dura, e dura...



Agora tive alguma piada!

quinta-feira, abril 08, 2010

num dia igual aos outros #2

- Boa tarde. São dois bilhetinhos para a peça " Num dia igual aos outros". Aquela, que estava esgotada.
- Com certeza. São xx€.
- Obrigadinha, sim?

pensamento sportinguista

É só para vos comentar que estou um pouco desiludida pelo facto de, afinal, o André Villas-Boas não ser o futuro treinador do Sporting.
Parece-me um tipo ( de 32 aninhos) com grandes capacidades, variados atributos e já mostra a sua raça a dizer "que é tudo uma palhaçada".

terça-feira, abril 06, 2010

também me acontecem coisas boas

Hoje disseram-me " Kit-Kat, caramba o teu blog está tão negativo!"
Pensando assim de repente... tem uma percentagem de verdade.

Por isso, vou aqui relatar um episódio xuxu da minha vida.
Aconteceu em 2008 - não tens nada mais recente? Tenho, mas já devo ter contado.

Quando procurava emprego depois de ter regressado da minha 2º temporada de emigrante, não sei muito bem como, fui parar a uma empresa de informática para tentar ser algo que eu nunca conseguiria ser.
Fiquei lá 3 dias.
Ao segundo dia, estava eu na minha secretária quando me ligam da recepção.

-Senhora Kit Kat?
-Sim ?
- Venha cá abaixo à recepção, está aqui uma coisa para si.
Estava lá à dois dias, não conhecia ninguém. O que é que ia fazer à recepção.

Quando lá chego reparo numa caixa branca com uma fita vermelha à volta. "Não, não pode ser" pensei eu.
Mas era. Abri a caixa, e três rosas vermelhas resplandeciam.
Um cartão, anónimo dizia Boa sorte com o novo emprego, vai correr bem!
Voltei para a minha secretária corada, a olhar para todos os lados, a fazer figas para que ninguém percebesse o que era aquilo.

Praticamente ninguém sabia onde eu estava a trabalhar. Falei com duas ou três pessoas do meu círculo mais próximo e mais óbvio de fazerem aquela surpresa (que foi muito,muito boa) de modos a verificar se tinham sido elas. Pois que não.
Só mais tarde, descobri que tinha sido um amigo de uma amiga em comum, que aliás, a última vez que o vi foi no dia em que me confessou que tinha sido ele a enviar as flores.

Depois de me ter mudado para o meu novo emprego, devia lá estar à menos de um mês, dizem-me "
Kit Kat, vieram cá entregar esta caixa, é para ti". Vi o caso mal parado de novo.
Desta vez já mais gente sabia onde eu trabalhava... o que era aquilo?
Era um telegrama de chocolate, com uma mensagem muito querida.
Na altura havia gente a trabalhar mesmo ao meu lado e eu fechei a caixa mal vi o que estava lá dentro, para que não percebessem de novo o que era.

Desta vez não era anónimo : tinha vindo de uma das pessoas a quem eu tinha perguntado se tinha me enviado as flores. Quis surpreender-me e execeder as expectativas.

Assim no espaço de um mês tive direito a duas bonitas surpresas. Senti-me um pouco apaparicada e gostei. E vale a pena relembrar estes pequenos episódios.

Ah, afinal a Kit-Kat também é romântica e gosta de surpresas!

pianisticamente falando (e vivendo)

O meu professor de piano Jacinto, ontem, exaltou-se.
Exaltou-se no bom sentido a explicar-me afincadamente como deveria ser o meu método de trabalho a estudar piano, que deveria ter mais disciplina e que nada poderia ser à toa.

Eu, a ouvir tantas verdades quase que larguei uma lagriminha (é mentira) refugiei-me com o "tenho pouco tempo professor..." ao que me respondeu com um "sim, mas usa-o bem!".
Prolongou a nossa aula por muito mais do tempo estipulado. Eu guardei na memória tudo o que ele me disse.
E é impressionante como a minha situação com o piano é tão semelhante ao momento da minha vida.

a ti só te falta seres homem

b fachada

só te falta seres mulher

segunda-feira, abril 05, 2010

o não é sempre garantido

Vale sempre a pena tentar.
O não é sempre garantido.

Por mais que o não seja duro. Mais dura é a ignorância de nunca se ter tentado.

Tentei. Não resultou. Paciência.

sexta-feira, abril 02, 2010

num dia igual aos outros

- Boa tarde. Era um bilhetinho para " Num dia igual aos outros" com o Nuno Lopes e o Gonçalo Waddington.
- Não há.
- Perdão?
- Não há.
- Faltam 10 sessões para terminar. Como não há?
- Não há.
- Ouça, acha que eu tenho cara de quem pode perder esta peça?
- Não há.
- Não está a perceber, é o Nuno Lopes.
- Não há.
- É só um. Não há uma única cadeira vazia?
- Não há.

Esta conversa não aconteceu. Só aconteceram as duas primeiras falas.
É nestes momentos que eu odeio ter um pouco de portugalidade em mim. Porquê deixar tudo para última? Tudo bem, a sala tem 70 lugares. Tudo bem, estamos a falar do Nuno Lopes e do Gonaçalo Gonçalo Waddington, dois dos (melhores) actores em voga, estamos a falar do Marco Martins, que realizou o melhor filme português de sempre, Alice. Estão todos debaixo do nosso olho. Mas.... não deixarem nem um bilhetinho para a Kit-Kat?

Mal agarrei o postalfree da peça, ainda estava eu na Comuna, pensei " posso lá eu perder isto". F*da-se.

ainda a propósito do dia das mentiras...

Mais depressa apanhamos um mentiroso que um coxo.

É que o dia das mentiras é como o Natal : é quando um homem quiser!