quinta-feira, janeiro 29, 2009

engolir sapos



Começa bem o dia. Odeio engolir sapos, e hoje pela manhãzinha vejo-me obrigada a faze-lo. Encher-me de sorrisinhos amarelos.m*rda.


quarta-feira, janeiro 28, 2009

Para comer à colherada

let´s get physical


Adoro que surjam estas situações embaraçosas, que permitam dar asas à minha capacidade de improvisação, que tanta falta faz à malta.
Na semana passada tive uma reunião ( agora de repente, até parece que sou importante) com um cliente ( vá, fornecedor) que não era de todo simpática, que tinha um sotaque parvo, e do qual de facto, não houve qualquer tipo de empatia. Lembro-me até que tinha um lenço parvo com um nó de lado no pescoço.

Ontem, na entrada triunfal do ginásio, prontissíma para abater a gordura acumulada de Paris e de um exagero ( delicioso) de crepes de Nutella, dou de caras com a mesma senhora, antipática, com ar de macambúzia e sem lencinho parvo atado de lado. O ginásio é pequeno, mas eu olhei para todos os lados, menos para ela. Não sei se ela fez o mesmo, mas eu fiz um esforço para evitar a troca de olhares e possíveis sorrisos amarelos. Nem no ginásio, vestida de fato treino e de pele reluzidia vermelha do esforço posso estar descansada. Eu não tenho que ver os parceiros de negócio ( outra vez a parecer que sou importante) a fazer abdominais ou agachamentos.
Mau demais. A porra desta cidade é pequena.

terça-feira, janeiro 27, 2009

men are not nice guys

James Dean

e porque o amor tem dias bons


Oh como eu dava pulinhos interiores cada vez que o telemóvel começava a tocar e eu vi lá escrito o teu nome. Eu adorava que tu me ligasses e de ouvir a tua voz a perguntar-me como estava e a contares os disparates que fazias durante o dia. Eu derretia-me a olhar para ti, para a forma como te mexias, a forma como bebias a cerveja ou passavas a boca pela colher do gelado e dizias mais uma baboseira. Aliás, eu percebi que estava apaixonada por ti porque ficava com os olhinhos a brilhar só de olhar para ti e de seguir os teus movimentos.
E sentia borboletas na barriga quando me convidavas para sair. Tu ficavas aborrecido se eu te disesse que sentia borboletas na barriga. Dizias que borboletas eram demasiado pequenas para o nosso sentimento.

não sei o que me fizeste, mas ao fim de todos estes anos, eu olho ao espelho e vejo os anos a passar, e ainda bem que continuo a passa-los junto de ti.

porque o amor tem dias maus

pus as malas a porta de casa. sem te avisar que me ia embora. tu não me conhecias o suficiente para saber que eu iria partir quase sem avisar. No dia em que disse " vou embora porque já não aguento mais" tu não quiseste acreditar. não quiseste acreditar porque eras cego demais para ver o que estava a tua frente todos os dias, todas as noites, na maçuda rotina, no véu negro que puseste em volta da nossa vida, da minha vida. a tua voz já não tinha frescura, a tua gargalhada já não era alegre nem me divertia, as tuas mãos já não me sabiam tocar nem abraçar, eu já não tinha saudades tuas quando batia com a porta para ir trabalhar e estar o dia todo longe de ti. As tuas piadas começaram a ser secantes, e eu comecei a ver-te feio. Tu estragaste tudo o que eu tinha, tu estragaste o que eu era, porque tu não sabias apreciar aquilo que eu era para ti. Eu sempre fui isto, aquilo, o outro. Tu dizias AMO-TE aos gritos, mas em surdina tu não me suportavas. Apenas estavas acomodado a mim, ao que te fazia porque eras preguiçoso.

Agora, todos estes anos depois, ao olhar me ao espelho e ver os anos a passar, sou muito mais feliz sem ti.

pensamento de terça feira de manhã

Faz algum tempo ouvi alguém a comentar :
" Bom, gente da nossa idade (secção 23-30) já não se apaixona com tamanha facilidade não é?"

É mesmo isto?

quinta-feira, janeiro 22, 2009

revelação

Eu vou casar no Verão!

ainda a este propósito...

Relembro o post do dia 13 de Janeiro :

Pois, somos fortes. O ser humano é forte, claro que é.
Mas a vida é sempre, sempre mais forte que nós.
A vida é sempre mais pesada que nós, e o que é a nossa natureza é estar preparados para os momentos em que a vida demonstra isso mesmo.
Não vale perguntar os porquês, os comos. Há respostas que vão continuar onde sempre estiveram. Onde eu, e tu, e todos nunca vamos conseguir chegar.

Senti-me na pura "obrigação" de publicar aquela que foi a reacção :

( eu tou aqui contigo, deste lado de cá...)

Nós nao somos fortes, levamos sim chapadas tão grandes que ficamos adormecidos por dentro, imunes à dor e a estimulos exteriores.. morremos um bocadinho e a força que se diz ter não é bem força... é um leve coma que te deixa adormecido por dentro...


Ok. este fim de semana fazemos folguinha.


Por questões territoriais voltamos para a semana.Poderia propor um franchising do estabelecimento na Cidade-Luz, mas pensando bem, o estabelecimento só funciona exactamente onde está.

Até sábado.

quarta-feira, janeiro 21, 2009

segunda-feira, janeiro 19, 2009

far away

I just woke up from a fussy dream
You never would believe these things I have seen
I looked in the mirror and I saw your face
You looked back through me were miles away


All my dreams, they fade away
I'll never be the same
If you could see me the way you see yourself
And pretend to be someone else

You'll always love me more
Miles away
I hear it in your voice when we're
Miles away
You're not afraid to tell me
Miles away
I guess we're at our best when we're
Miles away

But no one's around when I have you here
I begin to see the picture it becomes so clear
You always have the biggest heart
When we're 60.000 miles apart

Too much of no sound
Uncomfortable silence can be so loud
Those 3 words are never enough
When it's long distance love

I'm alright
Don't be sorry
But it's true
When I'm gone, you'll realize
That I'm the best thing that happened to you

So far away...


Madonna, Miles away

Vou continuar com os clássicos ( é oficial - são clássicos da animação)

Para uma boa disposição matinal de segunda feira, vejam este vídeo e a profundidade da poesia desta música :




Os Marretas são grandes.


sexta-feira, janeiro 16, 2009

o bairro do amor


Lembro-me de ser pequena e de passar ao lado daquele bairro. Parecia-me muito grande, desorganizado, uns edifícios eram altos, bonitos e transluzentes, outros eram barracas. Fazia-me uma certa confusão como num espaço tão pequeno havia coisas tão diferentes. Ouvia dizer, pela boca dos mais velhos, e das coisas que diziam, que o bairro era perigoso. Porque era labírintico, e díficil de sair dele. Quando às vezes se arriscava a lá entrar, podia acontecer que contornássemos a pequena esquina e encontrássemos o ponto de partida, ou na melhor das hipóteses, a saída. Havia outras vezes que dávamos voltas, muitas voltas, a curva parecia sempre a mesma, o prédio não mudava, e estávamos sempre no mesmo lugar. Havia que ter sorte igualmente, com as pessoas que encontrávamos a caminho. Uns, conhecendo bem a zona, apontavam-nos o caminho certo, ou por vezes, acompanhavam-nos até à saida. Havia outros, que indicavam os caminhos todos errados - por não saberem, ou apenas por maldade.
O mais díficil de acontecer era acabar por ficar ali no bairro, porque se gostava, porque se tinha encontrado um habitante a que ganhávamos muito afecto. Não era suficiente gostar do habitante, era preciso também aprender-se a viver com o bonito e o feio daquele bairro. Não é para todos, ouvia eu os adultos dizer.
Diz quem lá vive, que gosta. Que é preciso alguma experiência para lá se aprender a viver. Mas que vale a pena, e o que o melhor, é por vezes perder-se, porque nunca, nunca lá ninguém se perdeu sem que tivesse achado a saída.

Eu cresci, e sabia que mais tarde ou mais cedo eu teria de entrar ali. Recordo-me perfeitamente quando foi a primeira vez que me perdi. Enganei-me logo na primeira rua. Porque depois de conhecer melhor o bairro, aventurei-me nas suas ruas tortuosas e cores vibrantes. Ainda por lá hoje vivo, e acho que gosto. Tem dias.

Lembro-me de ouvir os meus pais dizerem-me : " filha, toma atenção, é o bairro do amor".

Já lá entrei. No bairro do Amor.

esse homem aí é o cara

É por isso que eu às vezes troco o cinema São Jorge por Seu Jorge.


quinta-feira, janeiro 15, 2009

sugestãozinha...


Parece-me apelativo e confortável!

É aqui.

aos homens


Adoraria fazer um post de homenagem aos homens da minha vida. O Pai, os avôs, os amigos, os amantes,os namoradinhos, o namorado, os ex.

Os que nunca foram nada, os que quiseram ser, os que se esforçam, os que estão quase lá, os parvos, os engraçadinhos, os giros, os complicadinhos, os queridos, os bons, os maus, os infantis, os palhaços, os imaturos, os impulsivos, os tarados, os atrevidos, os podres de bons, os feios, os horríveis, os desportistas, os surfistas, os dreads, os betos, os tios, os normais, os modelos, os descontraídos, os neuróticos, os de sempre, os de nunca, os portugueses, os estrangeiros, os de longe, os de perto. Os pintas, os jogadores de futebol, os comilões, os alarves, os que nunca se aborrecem, os que adoram discutir, os viajantes, os sentadinhos na secretária, os sensíveis, os que não choram, os que choram, os que fungam, os durões, os que se fazem de fáceis, os que se tentam fazer de difíceis, os altos, os baixos, os gordos, os magros, os com óculos, os com barba, os com ar de limpinho, os artistas, os armados ao pingarelho, os tímidos, os que gostam de mulheres, os que gostam menos, os que são indecisos.
Aos que gostam de mim, aos que me amam, aos que se passam comigo, aos que se preocupam, aos que adoram irritar-me, aos que não gostam nem um bocadinho.

Eu não sei como fazer essa homenagem.
Mas vou procurar faze-la como deve ser.

uma cover bem catita

Kate Perry canta Eletric Feel, MGMT

terça-feira, janeiro 13, 2009


Pois, somos fortes. O ser humano é forte, claro que é.
Mas a vida é sempre, sempre mais forte que nós.

A vida é sempre mais pesada que nós, e o que é a nossa natureza é estar preparados para os momentos em que a vida demonstra isso mesmo.
Não vale perguntar os porquês, os comos. Há respostas que vão continuar onde sempre estiveram. Onde eu, e tu, e todos nunca vamos conseguir chegar.

segunda-feira, janeiro 12, 2009

uma conversinha fiada

Os homens quando dizem não, e não e mais não, é quando estão afinal, para dizer que sim.

( adoro generalizar.)

deve ser algo como isto

Gosto desta musiquinha.
E deve ser este o efeito que algumas mulheres provocam nos homens.



Tarde de chuva, a península inteira a chorar
Entro numa igreja fria com um círio cintilante
Sentada, imóvel, fumando em frente ao altar
Silhueta, esboço, a esfinge de um anjo fumegante

Há em mim um profano desejo a crescer
Sinto a língua morta e o latim vai mudar
Os santos do altar devem tentar compreender
O que ela faz aqui fumando
Estará a meditar?

Ai, ui, atirem-me água benta
Ajoelho-me, benzo-me, arrependo-me, esconjuro-a
Atirem-me água fria
Por ela assalto a caixa de esmolas
Atirem-me água benta
Com ela eu desço ao inferno de Dante
Atirem-me água fria

Ai, ui, atirem-me água benta
Por parecer latina suponho que o nome dela
É Maria
É casta, eu sei, se é virgem ou não depende
Da nossa fantasia

Vídeo Maria, GNR

domingo, janeiro 11, 2009

sexta-feira, janeiro 09, 2009

Continuar o ano com clássicos

A popa do Tintin é linda. E um dia vou chamar Milú ao meu cão.

ps. este post é também um prologamento deste.

quinta-feira, janeiro 08, 2009

odeio-te frio

O frio faz-me chorar.
Aliás quando ouço que na Guarda estão menos 5 graus, dá-me uma incrível vontade de chorar só de pensar no ar frio a passar-me pelos ossos e pelas minhas costelas semi-ainda-por-arranjar.
Não me venham com aquela merda de conversa de que " o frio também é preciso, senão fartavamo-nos do calor, senão o planeta Terra aquecia e não sei o quê". Estou-me simplesmente a marimbar. Eu tenho frio, eu tenho os pés gelados, eu fico desconfortável quando tenho que vestir a porra de 3 camisolas, para não gelar, sinto-me um chouriço enchouriçado ou então um boneco michelin, mas com mais algum estilo, e não com tanta gordura.
Ficamos todos com um ar assustado, de tão brancos que estamos. Não há pachorra para tanta pele branca e tantas Morticia Adams. Há uma marca qualquer que diz que a saúde também passa pela pele. E a beleza também!

Bem, depois, na verdade há é vontade de nos abraçarmos assim a alguém.... vá, a um homem. A um gajo. Espera, parece que já tou imagina-lo : é alto, com um casacão comprido, e calça uns ténis giros. E eu escondo-me no casaco dele. E ele diz-me assim " oh querida blablablabla", e é capaz de me levar ao cinema ou a jantar num restaurante pequenino e aconchegadinho. E diz-me assim de novo " mas querida blabablabla", até me leva a casa e deixa-me a porta, a aconchegar-me o casaco, e só arranca quando eu chego ao quarto e vou à janela.
A meio da tarde do outro dia, liga-me e diz assim " olha querida blablabla".

Aliás, faz-me até uma surpresa : à minha hora de saída está ali assim do outro lado da estrada com um copo de... Starbucks na mão( mas de chá que eu não bebo café)e com um sorriso na cara e no coração. (confesso que a minha primeira experiência de starbucks foi manhosa porque eu queimei a língua, mas da última vez esperei e já não tive desses problemas.)

Eu não peço nada, porque não me podem pedir a mim.
Não é amor nem paixão.
É somente frio passageiro.

quarta-feira, janeiro 07, 2009

free me

Há sempre um dia em que nos libertamos o que trazemos connosco a arrastar.
Esse dia, não sei se ajudado pelo novo espírito do novo ano, já aconteceu.
O futuro está aí, para ser aproveitado e agarrado.

É que o futuro não é um gajo como o presente; acha-se demasiado importante para chegar a horas.

como eu gosto deste tipo de conversas

Adoro este tipo de diálogos, como este que hoje ouvi no metropolitano de Lisboa ( aka Metro)

- Cá estamos!
- Tem que ser...

terça-feira, janeiro 06, 2009

está-me a apetecer....

Nham. Nham. Nhaaaaaaaaaaaaaaam!

Pf, da próxima vez que me disserem vamos comer sushi, TEMOS mesmo que ir comer. Não vale ficar à porta.
É que senão fico a sonhar com o sabor do peixinho e do arrozinho
e não há pernil de porco que valha.

segunda-feira, janeiro 05, 2009

resolução para 2009#2

Vamos lá dar emoção a esta vida.

surpresa!


Adoro surpresas.
Adoro surpresas boas, mas também tenho que gostar das más, porque elas andam sempre aí, e eu tenho que me habituar elas.
Adoro as surpresas dos outros. Adoro aqueles, que mesmo passado muito tempo ainda me surpreendem.
Adoro as boas surpresas dos outros, porque fico feliz. Agradeço até as más surpresas dos outros, porque é nesse instante que me ponho a sete pés, e não quero mais saber.

Mas, falta umas surpresas. As minhas. Quando eu me surpreendo a mim própria, ainda consigo ter piada. Conheço sempre alguma coisa de mim que não conhecia. E sou para mim mesma uma caixinha de surpresas
.

o paizinho é que dizia

Quando a cabeça não tem juízo.
O corpo é que paga.

men are not nice guys ( o primeiro de 2009)


Jason Kay, Jamiroquai