segunda-feira, abril 19, 2010

Num dia igual aos outros. Ou nem por isso


Aí fomos nós, direitas à sala estúdio do D. Maria II.

Numa plateia recheada de grandes vultos da representação portuguesa, tivemos o prazer de assistir à ultima encenação do "Num dia igual aos outros".
Aquele cenário ajudava ao intimismo da sala de 70 lugares : uma cozinha velha, suja e descuidada com jornais, velharias deixadas ao (não) acaso. Um lavatório a ver-se lá ao fundo. Um tecto desfeito, que permitia ver as estrelas.
Dois irmãos, com caminhos diferentes, prestes a chegar ao mesmo fim, abandonados por um pai que os deixou num dia igual aos outros.
E num dia igual aos outros, a vida deles que quase parecia mudar, afinal continua a mesma.
Um texto simples, mas bonito e intenso. Com muitas asneiras e espuma de cerveja pelo meio.
O Nuno Lopes e o Gonçalo Waddington são absolutamente avassaladores. É por gente assim que eu gosto de teatro.

Valeu a pena.

comentário fútil, feminino e histérico : estes dois homens são duas grandessíssimas brasas.

3 comentários:

Ana Vieira da Silva disse...

Imagens de cinema numa peça de teatro. Foi o que muitas vezes me ocorreu, quando via o espectáculo.
A entrega do Nuno Lopes é de peito aberto, aliás como é o seu registo. Este, foi - para mim - o grande lado da peça.

A Vitamina disse...

QUERO MAIS!!!!:P

Kit-Kat disse...

Ana, concordo absolutamente contigo, embora a personagem do Nuno Lopes permitia-lhe uma " entrega" diferente. A cumplicidade entre os 2 é bem notória.