sábado, outubro 04, 2008

there is no use

Naquele momento em que senti o metro a travar com tal força e voei, vi estrelas no momento em que as minhas costas embateram contra a cadeira. Só depois fui começando a tomar consciência da dor, que foi aumentando, aumentando e eu só queria que aliviasse. Demorou a aliviar, e as dores continuam a acompanhar-me. Anseio pelo dia em que voltarei a mexer-me como sempre me mexi : muito e despreocupadamente.

Vou recordar-me das mãos suaves do médico que ficou comigo. (Quase que tive tempo de me apaixonar por ele)
Senti-me corajosa quando entrei e me vi naquele hospital completamente sozinha. Deixei as lágrimas cairem pela primeira vez, da ansiedade de estar naquele lugar e de não saber o que realmente me esperava. Esperam-me alguns dias de repouso e de uma calma a que já não estava habituada, de tantos projectos que tinha na minha mente e na minha vida.
Não posso perder tempo a perguntar-me porque fui a única a magoar-me e precisamente nesta altura da vida. Não vale a pena aborrecer-me, chatear-me com as coisas que não valem realmente a pena. Num segundo, como aquele que vivi, a vida pode mudar, pode estragar tudo o que costruímos e no fundo somos simplesmente seres frágeis e pequeninos.
É só clichés, mas é a verdade pura e dura.

1 comentário:

Rititi disse...

oh xuxu!!

mas que se passou contigo? o que magoaste???