domingo, julho 30, 2006

Agenda cultural pós férias






Estamos a entrar em Agosto, mas eu já só penso no reentré musical que nos espera : Pearl Jam num vigoroso regresso, para o qual já tenho o meu passaporte - dia 4 de Setembro.

Depois disso quero o passaporte para o Ben Harper, porque sim, e para o Jamie Cullum, porque eu gosto sempre de ir ao Coliseu. E rapidamente, porque ao contrário de todos os outros dos costumes portugueses, ninguém compra os bilhetes à última da hora!.

E neste ano incansável alguém devia lembrar-se de criar um novo subsídio : subsídio-cultural-para-os-estudantes-que-querem-ir-aos-concertos-todos-e-não-tem-mesada-suficiente-para-se-manterem-culturalmente-activos-pelo-menos-a-nível-de-grandes-concertos.

Próximo? Já a seguir? Rumo a Sudoeste!



férias ?



Por razões desconhecidas, mas a filosofia das viagens é para mim também como a do coração : tem razões que a vontade desconhece - quero muito a ir a esse ilha por aí perdida num imenso oceano, de onde conhecemos pouco mais que a Bjork ou os Sigur Rös.
Por isso, quero pensar que um dia vou rumar ao aeroporto com um bilhete na mão que diz - destino : Islândia!

Boas Férias!

terça-feira, julho 25, 2006



Saudade é uma espécie de lembrança nostálgica, lembrança carinhosa de um bem especial que está ausente acompanhado de um desejo de revê-lo ou possui-lo. Uma única palavra para designar todas as nuances desse sentimento é quase exclusividade do vocabulário da língua portuguesa.

A casa da saudade chama-se memória: é uma cabana pequenina a um canto do coração. (Henrique Maximiliano Coelho Neto)

A saudade precisa de distância para crescer. (Pedro Bloch)

Saudade é um termo difícil de explicar, existindo tão somente no vocabulário da Língua portuguesa sendo uma espécie de nostalgia, mas mais complexa. É a lembrança de um bem que está ausente.


Tentei explicar muitas vezes a quem não é português o que quer dizer saudade - o mais próximo que se conseguiam aproximar era " nostalgia", ao que eu respondia - " também, mas é diferente".
Desafio quem consiga explicar. Eu prefiro continuar a senti-la .

segunda-feira, julho 24, 2006

Quem quer ser pirata?



No cinema a maldição da sequela é sempre quase certa. Umas vezes é mais fatal que outras. Corri com grande expectativa ao cinema ( ainda que num domingo à tarde) para ver " Piratas das Caraíbas - o cofre do homem morto". Domingo à tarde a ver um filme que tem batido recordes nas bilheteiras ( quando a pirataria vai ganhando terreno, é bom assistirmos a estes fenómenos) resultou num cinema cheio e com muitas pipocas. Porque sim, cinema não o é, sem pipocas.

Resumindo - o 2º episódio dos Piratas é mais complexo, mais história, mais sombrio, menos feliz, mais adulto. Mais efeitos especiais ( isso basta reparar quem é o seu produtor) , menos Jack Sparrow ( o que é um pormenor surpreendente, mas que dá em certa forma valor ao filme), mais filme de piratas - mais espadachins e barcos, e estibordos e velas. Mais pontos positivos : a realização, a banda sonora e a caracterização. Os maus desta vez estão ainda melhores. O vilão principal tem uma grande presença. Muito imaginativos.
Principal ponto negativo : longo demais.

Sim, o primeiro episódio é melhor, mas falta-nos o terceiro, e não tenho dúvidas que este filme é dos melhores que vai estrear nas salas de cinema neste Verão. E eu gosto de entretenimento com qualidade.

ps. o final deixa-nos a pedir por mais.

sexta-feira, julho 21, 2006

First they ignore you
Then laugh at you
and hate you
Then they fight you
Then you win
Tripping, Robbie Williams

domingo, julho 16, 2006

pensamento de domingo à tarde


Prezem a vossa liberdade, independência e segurança em vocês mesmos.

Para estarmos dependentes dos outros já bastará chegarmos aos 80 anos e sabermos que aí sim, não há forma de dar a volta.

Apesar disso, que não se esqueça :

" Ser livre é estar preso ao que gostamos"

sexta-feira, julho 14, 2006

O composto da mudança


Num ano tudo muda, num ano também tudo pode ficar na mesma. Num ano o tempo passa a correr, num ano acontece tudo e nada.
Um ano vale o que vale. Vale o quer que seja para cada um. Há anos que marcam mais que outros. Há anos em que recomeçamos a vida, há anos em que tudo parece correr mal. Há anos que olhamos para nós, para os outros e para o que nos rodeia e tudo surge diferente. Há anos indiferentes.

Os meus últimos anos ultimamente tem sido tudo, menos indiferentes. E ainda um ano depois, há quem me pergunta : " Ah, afinal voltaste! ". Mas também há quem me pergunte " E então, quando é que voltas para lá? "

Um ano depois houve coisas que mudaram, coisas que antes existiam e que agora não - também não deixam saudades. Aconteceram muitas peripécias e passei por alguns loopings.

Un anno fa.

Buraka Som Sistema

Quando vi pela primeira vez o nome custou-me a crer. Que nome sugestivo. Quando li com atenção do que se tratava, compreendi que só o nome vale por si só.

Nunca fui fã de ritmos mais africanos, confesso. E estou a falar dos kizombas e associados. Mas dei por mim, com curiosidade a escutar a mistura entre o kuduro e a electrónica. O que resulta no Buraka Som Sistema. Mas a coisa parece resultar bem.

A electrónica está a crescer de novo. Assume-se como a nova alternativa musical e surge de várias formas. O kuduro está intimamente ligado com uma determinada camada social e até étnica, como forma de identificação.
Tem feito por aí sucesso, e resta saber se os adeptos da eletrónica assumem esta nova faceta de ouvir numa canção " não vacila" e se os adeptos do kuduro conseguem também abanar as ancas ao som das batidas eletrónicas.

Ainda assim, é um projecto ( português) que merece ser distinguido pela criatividade e capacidade de invenção.

Eu dizia - o hip hop que se cuide!


( quem quiser ceder à curiosidade - http://www.myspace.com/burakasomsistema )

quarta-feira, julho 12, 2006

Captain Jack is back



Não me lembro de ser uma criança influenciada pelo imaginário dos piratas. E a quantidade de filmes de piratas que tenha visto é proporcional a isso.
No entanto, o fenómeno " Piratas das Caraíbas" é uma grande excepção. Não sou grande consumidora dos chamados "blockbusters" nem dos " blockbusters de Verão" que estreiam nas salas de cinema para que nos possamos sentir a 100% de férias. E tal como não sou grande consumidora de blockbusters, raramente pago euros para ir vê-los ao cinema.
Mais uma vez, com " Piratas das Caraíbas" se abre a excepção. Pelo o que sei, estreia dia 20 de Julho em Portugal. Já não falta quase nada...

Se dissesse que gosto do primeiro filme só por causa do Jack Sparrow e do brilhante trabalho do Jonnhy Depp estaria a reduzir o filme só a esta personagem. Mas se dissesse que vou querer ver o filme só porque gosto de piratas, estaria a reduzir aquela que é, no fundo, a principal razão de existência do filme - Jack Sparrow.

Sim, de facto sou uma confessa fã deste pirata. Com ele temos entretenimento à séria. E ainda por cima eu vou querer ver o filme com um gigante balde de pipocas. Afinal não é todos os dias que vejo filmes "pá pipoca".

ps. E o melhor, vai ser no terceiro filme encontrarmos aquele que é o suposto pai do Jack Sparrow - nada mais, nada menos que Keith Richards dos Rolling Stones. Ao que consta, Jonnhy Depp inspirou-se nele para criar a personagem. Boa escolha.

domingo, julho 09, 2006

pensamentos de domingo à noite, parte 2

Durantes um mês tivemos o pensamento redondo, em forma de bola e o cenário das nossas vidas era feito a 3 cores : vermelho, verde e amarelo.

Hoje, tal era a febre de final de um mês atípico para a feminilidade ( - eu sei que na verdade, o conceito futebol e mulheres já vao sendo do mesmo universo) que cheguei a ter várias alucinações :

Liguei hoje á tarde a tv : vi nas ruas, nas pontes, no estádio Nacional milhares de pessoas a puxar pela selecção. Por momentos pensei que tivesse hibernado nos últimos dias e que afinal tivéssemos ganho qualquer coisa. Mas não - afinal a vontade de festejar é que foi incontrolável.

Por volta da hora do jantar liguei de novo a tv e vi alguém a mandar uma cabeçada incrível num outro jogador. Por momentos, pensei, que pelo facto de os portugueses serem os maus da fita e os violentos - que aquilo fosse um jogo onde Portugal estivesse a jogar. Mas não era!

Amanhã os telejornais voltam ao normal.
Mas a temperatura vai continuar a subir. Bem vindo Verão!

ps. Penalties com penalties se pagam! Au revoir!

sexta-feira, julho 07, 2006

O tango dos Gotan



Fui até ao Coliseu, e quando o som começou a soar pela aquela magnífica sala ( não entrava ali hà anos) era como se estivesse em Buenos Aires. Tango, Tango, Tango.
O ritmo contagiou-me e eu queria ter ficado mais. Queria ter ouvido mais. Uma noite assim...

Diferentes de todos os concertos a que nos habituamos a nós próprios - a estrela não foi o vocalista que incendiou o palco, o guitarrista ou o som estridente da bateria. Foi o som daquela pequena concertina (a bandeneon), daquela guitarra acústica, do piano, dos violinos, dos "dj´s" que conseguiram misturar tango com o Frontin do Pharrel Williams e do Jay-Z ou mesmo o Billie Jean.
Foram aqueles vultos vestidos de impecavelmente branco. Ainda que a cor do tango seja o vermelho.

quinta-feira, julho 06, 2006

Aquela desilusão


É sempre duro perder. Se perdemos 1-0, é porque bastava apenas um golinho para voltar a empatar, se perdemos 3-1, é duro porque era impossível marcar mais 2 ou3, se perdemos 4-0 é porque não fizemos nada.
É duro se a outra equipa foi melhor, se jogou mais e bem.

É ainda mais duro quando jogámos melhor, mas não temos o factor " forte fora de campo".

Mesmo assim, há 2coisas a reter : Um dia vamos mesmo ganhar aos franceses, e aí vai saber ainda melhor.
Segundo : ainda bem que vai ser Itália vs França porque vamos querer ver o feitiço a virar-se contra o feiticeiro!

Portugal!

segunda-feira, julho 03, 2006

Procura-se

Verão despareceu nas últimas semanas. Procura-se desesperadamente.
No dia 21 de Junho deveria estar vestido com um enorme sol a brilhar no céu, com uma temperatura que deveria rondar os 30graus, sem vento ou afins.

Recompensa avultada para quem o encontrar : longos dias de praia, calor e férias de verão como elas devem mesmo ser.

Encontrem-no rapidamente.

domingo, julho 02, 2006

Aquele sofrimento, parte 2


Quando pensavámos que jogo mais sofrido do que aquele com a Holanda era impossível, ontem tivemos a prova em contrário. Não chegaram os 90 minutos, não chegou o prolongamento, e mal iam chegando os penálties, com alguns falhanços e umas quantas defesas que ficam para a História. ( 1 de Julho passa a ser para alguns o dia de S. Ricardo)

Com a Holanda e com a Inglaterra repetimos a História - mas na próxima quarta feira (quando o relógio marcar as 20h00) queremos (re)fazer (a) História, para chegarmos a Berlim.
Só pedimos que o coração aguente mais dois jogos!
Portugal!

(ps. reparem como, numa suposta competição Mundial as únicas equipas que restam sejam ocidentais... europeias.)