quarta-feira, março 18, 2009

a ti, Francisco

Mesmo depois de teres partido, porque tu nunca vais partir, a tua recordação fica, o teu sorriso fica. Passei os olhos hoje no correio da manhã de um dia qualquer desta semana e com coragem, enfrentei a fotografia em que vinhas. Não quis acreditar.
Não me consigo esquecer da última piada que me mandaste. O papagaio que já estava a dormir.

Onde quer que estejas, deves estar emocionado. E amanhã, quando te seguirem até à tua última morada, as pedras daquelas calçadas vão também chorar. Desculpa porque eu não vou estar presente, mas daí, de onde me vês, tu compreendes-me. Fico triste de não poder acompanhar-te na tua última caminhada.

Quero que saibas que com a tua partida, eu vou lembrar-me mais vezes de não dar importância aquilo que realmente não é importante, porque é tudo volátil. No meio de tanta tristeza, eu aprendi mais uma lição.

A ti, Francisco.

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