Bom 2010.
quarta-feira, dezembro 30, 2009
Brincar aos clássicos ( o melhor deixamos para último)
Não sei se ao longo desta rubrica tinha colocado aqueles que são a minha maior e melhor referência a nível de "desenhos animados". Praticamente não me lembro da minha pessoa sem que estes bonecos amarelos estivessem por perto e não fizessem parte do meu imaginário. O meu fascínio pelos Simpsons continua o mesmo desde há 20 anos atrás e guardo com a maior religiosidade a primeira temporada da série, que comprei à uns anos na Alemanha. Os bonecos, comparados com os de hoje em dia parecem gatafunhos de crianças. A magia continua a mesma.
Sherlock Holmes ou a nova versão do mesmo
Pelo trailer rapidamente deduzimos que o realizador Guy Ritchie teve a amabilidade de pegar na muito nobre personagem de Sir Arthur Conan Doyle e dar-lhe uma achega de músculos, corridas, explosões e alguma porrada.
Está perdoado, e fez muito bem. Manteve o essencial da personagem ( e do seu companheiro Watson) e o que faz de Sherlock o mítico detective que todos conhecemos : a sua genialidade, capacidade lógica e de raciocínio de fazer inveja a qualquer um. Para além de nos fazer lembrar de que nem tudo o que parece é.
Os actores portam-se muito bem,o Robert Downey Jr muito competente, sendo que o vilão, uma boa personagem, merecia maior protagonismo. O argumento está afinado e de facto, o Guy Ritchie tem muito jeito para filmar. Sherlock Holmes está para além do filme básico pipoqueiro. Assim, numa palavra: impecável.
ps. percebi igualmente o jeito que dá ter uma boa biblioteca em casa : quando cheguei a casa peguei no livro de short stories que tenho do Sherlock Holmes para ler algumas páginas.
segunda-feira, dezembro 28, 2009
os portugueses são como as crianças
Neste Natal, no local onde passei esta quadra festiva, os vizinhos da frente tinham um cachorro com três mesitos. A raça qual era ? Exactamente, um cão de água português preto. Vá-se lá saber porquê e a que propósito.
O cão era fofo e eu própria perdi uns minutos a brincar com o tareco que era hiperactivo e não parava um segundo.
Num dos dias em que despertava do meu sono, e ao contrário do que é costume, em vez de ouvir os passarinhos ou o silêncio alentejano, ouvi :
- Obamaaaaaaaaaaaa anda cá! Obama anda cá!!!!
ps. um post para aligeirar o tom deste blog, porque olhando para os posts anteriores parece que só existe uma Kit Kat muito azeda.
deixo de ter o que responder
" Kit Kat, ele é um grande c*brão, porque é que eu gosto dele?" " Kit Kat, ele fez isto, isto e aquilo, o gajo é um grande c*brão" " sabes eu topo-lhe a pinta" " mas porque é que as mulheres gostam é dos c*brões?".
A certa altura deixo de conseguir responder às questões que as minhas amigas, conhecidas e todas as mulheres colocam em certas alturas da vida. Aptece-me baixar os braços e desistir de entender os comportamentos dos seres humanos do sexo masculino. E acredito que haja seres humanos do sexo masculino a pensar o mesmo do sexo feminino.
Sei lá. Não sei. Não faço ideia. Não sei porque é que as mulheres gostam dos c*brões. Porque é divertido. Porque é emocionante. Porque há histórias para contar às amigas. Porque pensamos que é connosco que eles mudam.
Eu sei lá porque é que as pessoas gostam de se envolver com que as faz sofrer ou que apresentam desde o início o índice mínimo de taxa de sucesso da relação. Porque queremos andar com a cabeça nas nuvens e por momentos, esquecer que nestes tempos ninguém está disposto a dar de si realmente. Queremos é andar a brincar aos affairs, aos sex buddies, aos casos, aos momentos bons.
Eu sei lá porque é que há gente que tem medo de dizer "não" e magoa os outros. Não faço ideia porque é que há gente que não se mete no seu lugar. Eu sei lá porque é que há homens que não têm " tomates" e mulheres que são cobardes e que se escondem.
Eu penso muito nisto.
E é por isso que baixei os braços, desistindo, e não quero saber.
Mas prometo que a próxima vez que me perguntarem o porquê eu me vá esforçar para ter uma resposta digna.
ps. um pedido de desculpas a quem está apaixonado e em romantic mode.
domingo, dezembro 27, 2009
ídolos 2009
Duas considerações :
1. Gostei, e entreti-me. Não gostei do Carlos, da Inês e também não vou muito à bola com o Filipe. Gostei da Catarina, da Carolina e do Salvador.
2. O apresentador tem um sorriso que eu gosto.
bye bye 2009
O ano de 2010 será algo como "ou vai ou racha" ( isto é uma péssima expressão, mas na verdade não me lembrei de mais nenhuma adequada.)
É como se pressentisse que a minha vida e os outros esperem que eu vá dar o salto. Não sei que salto, mas um grande salto.
Porque 2009 foi como se tivesse caído das escadas, tivesse demorado o ano todo a subir as escadas que caí, e que em 2010 tivesse que recuperar o tempo perdido - sim, 2009 foi uma grande perca de tempo.
Em 2010 vai ser o dobro das escadas para subir.
pergunta retórica para 2010
quarta-feira, dezembro 23, 2009
Lisboa vs Porto
Isso era de valor.
Agora uns aviõezinhos. Uau.
Estão os portistas mais indignados que os lisboetas entusiasmados.
terça-feira, dezembro 22, 2009
hotclub
Tínhamos já apontado na agenda.
Dia 9 de janeiro, lá estaríamos para ver o quarteto do Mário Laginha. O sábado passado tínhamos estado no Onda Jazz, e por isso deixaríamos o HotClub para 2010.
E hoje, recebe-se assim a notícia, que o prédio do HotClub de Portugal, ali na praça da Alegria tinha ardido e que por consequência o clube de jazz ( um dos mais antigos do mundo) também fechará, e não se sabe até quando e para onde se mudará.
Causas do incêndio? Sabe-se lá - algum drogadito que se enfiou lá dentro, fumou o seu ( ou a sua) e as malditas cinzas....puf.
Os senhores com interesses imobiliários afiam as dentuças, esfregam as mãos para ver quem será o primeiro a deitar mão ao espaço que ali vai ficar depois de previsivelmente deitarem o prédio abaixo. Ali, em plena praça da Alegria que ainda não têm nenhum hotel de 5 estrelas ou habitação de luxo.
Quanto tempo demorará até que o HotClub possa renascer das cinzas?
segunda-feira, dezembro 21, 2009
O meu postal de Natal
Assim, este ano há um diferente e mui artístico FELIZ NATAL neste blog.
Boas Festas!
sábado, dezembro 19, 2009
estado de espírito
amanhã vou estar a fazer uma animação no fim de semana dos sem-abrigo, para a semana vou entrar de férias. a minha agenda continua a abarrotar, e infelizmente, o meu treino de piano anda a ficar para trás, agora que tenho o let it be para aprender. tanta coisa na cabeça, sempre. não sei como arranjo energia para tanta coisa.
hoje, vou dispensar a minha "saturday night fever" e vou enfrentar o frio de lisboa apenas para um programa tranquilo.
ps. tenho saudades de namorar.
home cinema
Revi o Batman. O primeiro, realizado por Tim Burton, com o Michael Keaton, que eu continuo a considerar o melhor Batman ( sim, melhor que o Christian Bale) e um joker fabulosamente interpretado pelo Jack Nicholson. Bem sei que na memória está mais fresquinho o joker do Heath Ledger, mas eu reitero o que sempre disse : o Heath Ledger fez um trabalho gigantesco, mas eu continuo a preferir o original.
Resumindo : eu sou uma super fã do Batman. E sou super fã deste primeiro filme. Dispenso facilmente todos os outros filmes baseados na banda desenhada, excluindo o homem-morcego.
Vi pela primeira vez o " Nascido a Quatro de Julho", do Oliver Stone, com o Tom Cruise. Aprovadissímo.
Vale a pena para reflectirmos sobre os porquês da guerra, e dos supostos heróis da guerra. Heróis? E vale a pena para ter certeza que de facto, o Tom Cruise é um actor dos grandes. Mesmo que se tenha perdido nos últimos anos nos escandalos da sua vida pessoal, religiosa, e por aí fora.
O revivalismo cinematográfico vai continuar.
quinta-feira, dezembro 17, 2009
5f à noite
Convida-me para irmos passar três dias a uma cidade europeia, como Berlim ou Budapeste.
Leva-me a jantar de surpresa ao sushi.
Convida-me para irmos àquele bar que mais ninguém conhece.
Envia-me uma sms de bom dia e boa noite todos os dias.
Convida-me para irmos ao cinema sexta-feira à noite e para irmos ao bairro sábado à noite.
Prepara um lanche simpático para um domingo à tarde.
Oferece-me um cd qualquer que aches bom.
Oferece-me um cd com as músicas que mais gostas.
Leva-me a ver aquele museu que ainda não fui ou àquela exposição que deve ser interessante.
Liga-me às 3h da manhã porque é a hora que te deitas.
Mostra-me o teu brinquedo favorito de quando eras criança.
Vem esperar-me na Avenida com um copo de starbucks na mão.
Leva-me a passar o fim de semana à costa Alentejana.
Convida-me para passarmos uma noite de 5º feira no sofá só a dizer disparates.
Liga-me a dizeres que estás prestes a bater no chefe.
Olha-me nos olhos quando me vês.
Lembra-te de mim sempre.
Men are not nice guys ( último de 2009)
Aguardam-se propostas para abrir as hostilidades em 2010.
frio
Estes dias e estas noites de frio fazem-me saudades de algumas coisas.
Chega Dezembro e fico assim, feliz e nostálgica.
comuna
anda cá que te dou uma dentadinha
Após ter perdido a cabeça e ter decidido ver o " Crepúsculo", para saber de que fenómenos estariamos a assistir, e de ter me ter rido um pouco com o vampiro jeitoso e de olhar profundo ficar com a pele dourada quando está ao sol ( lembrei-me que talvez eles utilizassem aquele creme da Nivea que também põe a pele brilhante quando estamos ao sol) lembrei-me que um dos meus livros favoritos é o Drácula do Bram Stoker.
E após esse momento, lembrei-me que o Coppola fez uma adaptação brilhante do livro. E decidi-me a rever o filme, nesta febre vampiresca que vivemos.
Tinha-me esquecido que o filme é ligeiramente violento, e que o Gary Oldman faz um Drácula fantástico. Mas não me tinha esquecido que era um excelente filme, e que o Drácula é, uma história de amor.
Os vampiros são sempre figuras fantásticas, que apesar de andarem às dentadinhas para retirar sangue do nosso corpo e serem criaturas maléficas, serão sempre conotadas com um lado mais sexy e foram criados para serem "irresistíveis" aos olhares dos humanos.
Não é inocente o local preferencial da mordidela ser no pescoço.
Após ver o Crepúsculo, o que mais deve haver aí é adolescentes com ansias de conhecer um vampiro sexy e de olhar profundo a dar-lhes uma mordidela no pescoço.
Antes, esperavámos por um princípe encantado no cavalo para nos salvar. Agora é um vampirinho para morder-nos o pescoço.
Os tempos mudam, as vontades mantêm-se.
domingo, dezembro 13, 2009
porque é domingo à noite
Vimo-nos naquela festa, no local que sempre frequentámos.
Aproveitaste-te desse encontro, e sugeriste irmos aquele bar. Fiz cara feia quando recebi o convite, mas era tentador.
Quando cheguei, já lá estavas, encostado à cadeira, a fumar o cigarro. Quem te olhasse via-te relaxado. Eu olhei-te e vi-te ansioso.
Não me apteceu esperar e ainda a tirar o casaco e a pô-lo nas costas da cadeira e enquanto tu me observavas mílimetro por mílimetro disse :
- Isto serve para quê?
- Boa noite. Isto o quê?
- Este café.
- Para falarmos. Não falamos há muitos meses.
- Ela deixou-te, eu sei.
- Sabe-se tudo na puta desta cidade.
- Já devias saber que sim. E combinaste o café para me desabafares do desgosto amoroso? Não sou toda ouvidos.
- Não.
Continuavas igual.
- Volta para mim.
- Nunca estive contigo, como podia voltar para ti?
- Namora comigo.
- Deixa-me rir.
- Ela deixou-me porque sabe o que sinto. Nunca lhe escondi. És tu. És tu.
- Temos pena. Não resulta. Eu e tu. Já sabes.
- Tentei esquecer-me do sabor dos teus beijos. Não consegui. E agora que estás à minha frente, essa memória está mais viva que nunca.
- Eu esqueci-me dos teus beijos.
- Mentirosa, és tão mentirosa. Vamos lá para fora e vou-te beijar.
O que eu mais queria era realmente beijar-te.
- Esquece. Pensei que este café fosse sobre outra coisa, mas enganei-me.
Como és capaz de dizer essas coisas?
- Porque gosto de ti.
- Mentiroso, és tão mentiroso.
Levantaste-te e foste à casa de banho. Eu olhei para o teu maço de tabaco, tirei um cigarro e deixei a marca dos meus lábios no cigarro.
Guardei o cigarro de novo no maço.
Quando voltaste, disse-te:
- Vou-me embora.
- Não vais.
- Vou. Não tenho que estar contigo.
No dia seguinte, quando tiraste aquele cigarro, ligaste-me. Eu atendi.
obrigado às meninas que me inspiraram para este post.
sexta-feira, dezembro 11, 2009
aniversário
Primeiras três letras da palavra de Dezembro - Dez.
Um quarto de século.
Uma vida preenchida, e ainda tanto por preencher.
what a gift
Gostei muito.
E fiquei com a ideia que a intensidade daquelas músicas são ideais como fantástica banda sonora para uma declaração arrebatada de amor. Assim, daquelas inesquecíveis, daquelas viscerais, daquelas como deve ser.
Porque o amor não é lamechas, o amor é poderoso.
domingo, dezembro 06, 2009
Pai Natal surreal
1. Piano de Cauda
2.Uma Wii para brincar e uma Playstation para brincar ao Dj Hero, ao Guitar Hero e ao Band Hero e todos os outros acabados em Hero
3. Crédito Ilimitado em compras na Fnac
e se me lembrar de mais alguma coisa, ainda estou a tempo de pedir.
sábado, dezembro 05, 2009
está para breve
E não são raras vezes que me sinto esgotada. Ainda assim, serve para resultar em decisões acertadas, e em fazer o certo.
Esta cabeça só pensa, e o coração não sente. Muita racionalidade, pouca emoção.
quinta-feira, dezembro 03, 2009
Super Bock em Stock
Este conceito do SuperBock em Stock merece ser apreciado e distinguido. Esquecer que só no Verão é que temos direitos a mega-festivais de massas, popularuchos, de campo, com o ramalhal todo de Lisboa e arredores a deslocarem-se para uns kilómetros abaixo ou acima.
Muitos cartazes só para encher chouriço, e outros festivais que não têm sentido nenhum : este Verão assistiu-se a um proliferação de festivais pelo país. Havia o festival de tudo. Ganhou-se dinamização cultural em pontos do país mais desfavorecidos mas banalizou-se o conceito de festival, como antes o conhecíamos.
O SBST é um excelente festival de "Inverno", e que vai (muito acertadamente e cheio de propósito) ao coração de Lisboa, em plena avenida nobre de Lisboa - Avenida de Liberdade, que tanto precisa de ser dinamizada. Não lhe chega ser a avenida mais cara ou mais chique da cidade. Está ali ao lado do Bairro Alto, e precisa de ter motivos para "enfrentar" a movida que o Bairro tem.
Argumentos não lhe podem faltar : Maxime, São Jorge, Tivoli , até o LA Caffé (gostava de ver um concerto neste espaço) são escolhas acertadas.
Não conheço a maior parte das bandas e dos artistas que lá vão tocar, mas não deixa de ser um festival muito, muito aptecível, e um coelho muitissímo bem tirado da cartola pela Música no Coração.(que viu o seu SuperBock SuperRock apagadinho pelo Alive.)
Valerá muito a pena, sem dúvida, e estará de certeza, para durar.
Lisboa ( e o seu público) tem um potencial gigante, sem precisar de ter vergonha das grandes capitais europeias e continuamos à espera de gente que se aperceba disto.
franz ferdinand me
terça-feira, dezembro 01, 2009
as chaves
Um pequeno percalço, como perder as chaves ( sei lá como as perdi), desatinou-me. Desatinou-me. E não consegui cumprir com todos os compromissos que me tinha prometido. Todas estas pequenas coisas têm-me acontecido nos últimos tempos. E parece que às vezes as coisas fogem absoltamente do meu controlo. E é exactamente isto que me tem posto maluca, e com a cabeça a andar às voltas,desconcentrada e perdida no meio de tantas questões que me tenho colocado.
Amigos, a Kit Kat teve um 2009 de m*rda como se pode perceber pela leitura deste blog e está ansiosa que o mesmo termine. Faltam 30 dias. Deus é Grande.
Apesar de completamente desatinada e frustrada, decidi manter a cabeça fria, peguei no carro, dirigi-me até ao Metro e vinte minutos depois e eis-me a entrar no café Vertigo,no Carmo, pronta para degustar uma maravilhosa fatia de um dos melhores bolos de chocolate alguma vez degustados e um chá vermelho sugerido pela simpática rapariga do bar.
No dia em que me quiserem engatar, levem-me a comer aquele bolo de chocolate.
Aproveitei para por a escrita em dia ( e fartei-me de escrever), e tranquilamente deixei de estar fula comigo própria. Soube-me bem estar ali sozinha.
É uma m*rda perder as chaves, mas não é o fim do mundo. Deu-se um click na minha cabeça naquele momento. Estou de facto, muito cansada de certos rumos que a minha vida tomou e sei que são eles que também prejudicam, mas percebi o que pode ou não estar realmente nas minhas mãos. Está tudo.
As decisões que nós decidimos tomar, são SEMPRE, em última instância, as que mais influenciam o caminho que percorremos, e não os factores externos.
Depois do bolo de chocolate segui para o piano e para as aulas de teatro.
Acabei a noite bem. E hoje despertei bem para um maravilhoso mês de Dezembro que se avizinha.